sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Com novo aumento de preço, abastecer com álcool já não é mais vantajoso na região, aponta pesquisa de Chiconi

O preço do álcool combustível na região sofreu um aumento de até 31% nos últimos dois meses e meio, apontou pesquisa realizada pelo gabinete do vereador Reinaldo Chiconi (PMDB). Foram consultados 78 postos de combustíveis no dia 07 de janeiro, sendo 47 em Americana, doze em Santa Bárbara d’Oeste, sete em Nova Odessa, seis em Paulínia, quatro em Sumaré e dois em Hortolândia.

Em comparação com o estudo do mês de outubro, o preço médio nas seis cidades subiu de R$ 1,49 para R$ 1,77 o litro, um aumento de 18,76%. Entretanto, em alguns estabelecimentos a variação ultrapassou os 30%, como o caso de um posto de combustíveis em Americana que teve o preço alterado de R$ 1,32 para R$ 1,74 – aumento de R$ 0,42 por litro, ou 31,6%. Em Americana, o litro subiu em média R$ 0,26, de R$ 1,47 para R$1,73, ou 17,75%, o quarto maior índice da região. A cidade de Paulínia continua sendo a que apresenta o maior preço médio do litro do álcool combustível: R$ 1,83.

Chiconi afirma que o aumento é consideravelmente maior do que o registrado na última pesquisa, quando a variação máxima foi de 18%. Com isso, abastecer os veículos bicombustíveis com álcool deixou de ser mais vantajoso do que com gasolina. “A conta que se deve fazer é simples: o preço do litro do álcool não pode ser superior a 70% do preço da gasolina. Com o valor médio do álcool em R$ 1,77 e o da gasolina em R$ 2,49, este índice chegou a 71%, tornando a gasolina mais vantajosa na região”, explica.

O vereador aponta que entre o maior e o menor valor praticados em Americana no mês de janeiro, o litro do álcool apresenta uma diferença de R$ 0,24, ou de 15,3%. Isto porque o valor mais alto encontrado, no Jardim Ipiranga, foi de R$ 1,80, enquanto o mais baixo, no São Domingos, foi de R$ 1,56. “Se pensarmos que a compra dificilmente será de apenas um litro, a economia pode ser grande. Por exemplo, se o consumidor adquirir 50 litros pagando o maior preço, ele vai desembolsar R$ 90,45. Se pagar o menor preço, esses mesmos 50 litros vão custar R$ 78,45. Uma diferença considerável de R$ 12. Essa constatação reforça a importância de o consumidor se informar, pesquisar e procurar o melhor preço”, lembra Chiconi.

Segundo a União da Indústria Canavieira (Única), o preço do álcool estava defasado no primeiro semestre de 2009, por isso os aumentos sucessivos. O recorde de vendas de carros bicombustíveis aumentou a procura pelo álcool e, com o excesso de chuvas, a colheita da cana-de-açúcar foi paralisada por quase um mês, reduzindo a quantidade do combustível em oferta.

No final do ano, o Governo Federal afirmou estudar a possibilidade de importação diminuir para 20% a quantidade de álcool adicionado à gasolina. Entretanto, de acordo com a Única, tal medida não teria reflexo no preço por se tratar de uma economia pequena de álcool, equivalente a 7% da demanda mensal. A expectativa é que uma redução ocorra apenas em março, quando os produtores iniciarem a colheita da nova safra de cana-de-açúcar.

Gasolina tem reajuste pequeno e diesel cai

A pesquisa de Chiconi apontou também que o preço da gasolina manteve-se praticamente estável no período. O preço médio do derivado do petróleo a gasolina aumentou cinco centavos em Americana (de R$ 2,45 para R$2,50) e variou pouco nas outras cidades: permaneceu inalterado em Paulínia e teve reajustes menores que os de Americana em Nova Odessa, Sumaré e Santa Bárbara d’Oeste. Apenas em Hortolândia foi registrado um aumento médio acima das demais: de R$ 2,45 para R$ 2,52, correspondente a R$ 0,07 por litro, ou 2,85%.

Já o preço médio do óleo diesel também permaneceu estável em Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia. Americana foi a única cidade que registrou aumento, mas de apenas um centavo – de R$ 1,96 para R$ 1,97. Em Santa Bárbara d’Oeste e Paulínia, o óleo diesel teve queda média de R$ 0,05 (de R$ 2 para R$ 1,95) e de R$ 0,01 (de R$ 1,98 para R$ 1,97), respectiamente.

No comparativo entre as cidades, Hortolândia é a que oferece a gasolina mais cara, em média. Enquanto o litro é comercializado ao preço médio de R$ 2,52, em Nova Odessa o combustível é encontrado a R$ 2,47. Já o óleo diesel mais caro está em Americana, Hortolândia, Sumaré e Paulínia, com o preço médio de R$ 1,97. Santa Bárbara d’Oeste tem a menor média: R$ 1,95.

Fonte:
Assessoria de Comunicação
Câmara Municipal de Americana

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