quarta-feira, 28 de abril de 2010

Álcool cai até 24% e volta a ser mais vantajoso que gasolina, aponta pesquisa de Chiconi

O preço do álcool combustível na região sofreu uma queda de até 24% nos últimos três meses e meio, apontou pesquisa realizada pelo gabinete do vereador Reinaldo Chiconi (PMDB). Foram consultados 78 postos de combustíveis no dia 27 de abril, sendo 48 em Americana, treze em Santa Bárbara d’Oeste, oito em Nova Odessa, cinco em Paulínia e dois em Sumaré.

Em comparação com o estudo do mês de janeiro, o preço médio nas cinco cidades caiu de R$ 1,77 para R$ 1,42 o litro, uma redução de 19,48%. A queda de preço foi verificada em todos os 78 estabelecimentos, com a máxima chegando a 24%: em Santa Bárbara d’Oeste, um posto de combustível localizado no Jardim Europa teve o preço alterado de R$ 1,69 para R$ 1,29 – baixa de R$ 0,40 por litro, ou 24,07%. Em Americana, o preço médio do litro caiu R$ 0,31, de R$ 1,73 para R$1,41, ou 18,17%, o menor índice da região – em Sumaré, o preço médio dentre os postos pesquisados ficou em R$ 1,39, uma queda de R$ 0,39 por litro, ou 21,58%.

Chiconi afirma que a redução é a primeira verificada pelo Gabinete desde o mês de junho de 2009. “De lá para cá, nas quatro pesquisas que fizemos, o preço médio do litro do álcool subiu de R$ 1,06 em junho para R$ 1,77 em janeiro, um aumento considerável de R$ 0,71, ou 66,9% em seis meses”, lembra. Com isso, abastecer os veículos bicombustíveis com álcool deixou de ser mais vantajoso do que com gasolina. “Agora, com essa queda, o álcool volta a ter vantagem. A conta que se deve fazer é simples: o preço do litro do álcool não pode ser superior a 70% do preço da gasolina. Com o valor médio do álcool em R$ 1,42 e o da gasolina em R$ 2,46, este índice chegou a 57%, tornando o álcool novamente mais vantajosa na região”, explica.

O vereador aponta que, entre o maior e o menor valor praticados em Americana no mês de abril, o litro do álcool apresenta uma diferença de R$ 0,30, ou de 23,09%. Isto porque o valor mais alto encontrado, no centro, foi de R$ 1,59, enquanto o mais baixo, no Jardim Ipiranga, foi de R$ 1,29. “Se pensarmos que a compra dificilmente será de apenas um litro, a economia pode ser grande. Por exemplo, se o consumidor adquirir 50 litros pagando o maior preço, ele vai desembolsar R$ 79,95. Se pagar o menor preço, esses mesmos 50 litros vão custar R$ 64,95. Uma diferença considerável de R$ 15, que significa a compra de mais de dez litros do combustível no posto de valor mais baixo. Essa constatação reforça a importância de o consumidor se informar, pesquisar e procurar o melhor preço”, lembra Chiconi.

Oscilação

Segundo a União da Indústria Canavieira (Única), a queda no preço do álcool é um reflexo da maior oferta do produto durante a safra: entre os dias 14 e 20 de abril, o preço do produto na usina caiu 10,61%. Entretanto, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a tendência para as próximas semanas é de queda menos acentuada e estabilização do preço.

Dados da instituição mostram que a redução no estado de São Paulo, que foi de 17,47% entre 15 de março e 15 de abril, passou para 15,33% no período compreendido entre 22 de março e 22 de abril. A expectativa é que o valor se estabilize próximo a R$ 1,40 o litro, equivalente ao dobro do preço de produção do álcool pelas usinas, que é de R$ 0,70 o litro.

Gasolina e diesel sofrem pequena redução

A pesquisa de Chiconi apontou também que o preço da gasolina sofreu uma pequena redução no período, modificando a tendência de estabilidade dos últimos meses. O preço médio do derivado do petróleo caiu quatro centavos em Americana (de R$ 2,50 para R$2,46) e variou de maneira semelhante nas outras cidades: caiu um centavo em Sumaré, dois em Santa Bárbara d’Oeste e três em Nova Odessa e Paulínia. A média da região caiu dois centavos, de R$ 2,48 para R$ 2,46, ou 0,99%.

Entretanto, houve casos de redução de até R$ 0,14 por litro, como em um posto de combustível de Americana, localizado no bairro Machadinho, que teve o preço alterado de R$ 2,59 para R$ 2,45 – queda de 5,39%.

Já o preço médio do óleo diesel foi o que menos sofreu alteração: a média regional caiu um centavo, de R$ 1,97 para R$ 1,96, ou 0,25%. O combustível permaneceu estável em Paulínia e Santa Bárbara d’Oeste, caiu um centavo em Nova Odessa, dois em Sumaré e subiu um centavo em Americana.

O óleo diesel foi o combustível a apresentar maior diferença de preço entre o estabelecimento com o produto mais caro e o mais barato: em Americana, enquanto um posto de combustível no Jardim Ipiranga comercializa o litro a R$ 2,49, outros dois – um localizado no Jardim Brasil e outro na Praia Azul – vendem a R$ 1,84, uma diferença de 34,67%. Abastecendo 50 litros, a diferença é grande: no posto mais caro, paga-se R$ 124,50, enquanto que nos postos mais baratos o valor fica em R$ 92,45.

No comparativo entre as cidades, Paulínia é a que oferece o álcool mais caro, em média. Enquanto o litro é comercializado ao preço médio de R$ 1,48, em Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré o combustível é encontrado a R$ 1,39. Já o óleo diesel mais caro está em Americana, com o preço médio de R$ 1,99. Nova Odessa, Paulínia e Santa Bárbara d’Oeste têm a menor média: R$ 1,95. No caso da gasolina, os preços médios diferem apenas em um centavo de uma cidade para outra.

Fonte:
Assessoria de Comunicação
Câmara Municipal de Americana

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